Evolução Histórica do Rincão
A origem do nosso Rincão advém da Estância de São Gabriel, que pertencia à Companhia de Jesus.
Em 1843, foi sequestrada e incorporada aos bens do estado e esteve arrendada a fazendeiros locais.
Em 1891, retornou à jurisdição do então Ministério da Guerra com o nome de Colônia de São Gabriel.
Em 10 de novembro de 1922, o Presidente Epitácio Pessoa por meio do Decreto nº 15.796 aprovou o regulamento das Coudelarias Nacionais constituídas na época pela Coudelaria e Fazenda Nacional do Saycan, localizada no município de Rosário do Sul/ RS, e sua dependência, o Rincão de São Gabriel, localizado no município de São Borja/RS.
Pelo mesmo Decreto, em 1922, o Rincão de São Gabriel passou a ser chamado de Coudelaria Nacional de Rincão, tendo como missão a produção de equinos para o Exército Brasileiro.
Em 1975, através do Decreto nº 75.406 de 24 de fevereiro, assinado pelo Presidente da República Ernesto Geisel, a Coudelaria Nacional de Rincão foi extinta, permanecendo nas instalações o 1º Esquadrão de Remonta, vinculado administrativamente ao 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado e subordinado a 3ª Região Militar. Todo o acervo de animais da Coudelaria Nacional de Rincão foi transferido para a Coudelaria de Campinas, com sede em São Paulo/ SP.
Em 27 de junho de 1975, o Ministro de Estado do Exército, pela Portaria Ministerial nº 024 – Reservada, transforma o 1º Esquadrão de Remonta em Campo de Instrução de Rincão, subordinado a 3ª Região Militar.
Em 19 de agosto de 1987, com a publicação da Portaria Ministerial nº 034 – Reservada, o Ministro de Estado do Exército, no uso das atribuições que lhe confere, através do Decreto nº 93.188, de 29 de agosto de 1986, resolveu criar e organizar, com sede em São Borja, a Coudelaria de Rincão, subordinada a 3ª Região Militar, ocupando, a partir de 1º de janeiro de 1988, as instalações de sua unidade coirmã, o Campo de Instrução de Rincão, e ainda devendo receber o acervo e os animais da extinta Coudelaria de Campinas.
A iniciativa de criação da Coudelaria de Rincão partiu do Sr General de Exército Edison Boscacci Guedes, então Comandante Militar do Sul que, em visita à mesma, nomeou a comissão de transferência em 16 de julho de 1987, composta pelo Coronel de Cavalaria Francisco Pereira de Holleben - Assistente do Comandante Militar do Sul, Tenente Coronel Veterinário João Carlos Martins Maia - veterinário do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda e o Major de Cavalaria Sérgio Moreira Cazarim - Adjunto da 2ª Seção do CMS.
A Coudelaria de Rincão ostenta a denominação histórica de “Depósito de Remonta de Valença/1930”.
O Boletim do Exército nº 579, de 15 de fevereiro de 1930, publicou o ofício nº 137, de 06 de fevereiro de 1930, que determinava a instalação do Depósito de Remonta de Valença, a contar de 04 de fevereiro do corrente, sob o Comando do Capitão Alcides Rodrigues Paim.
O Boletim do Exército nº 47, de 25 de dezembro de 1938, publicou o Aviso nº 898, de 20 de dezembro de 1938, que determinava a extinção do Depósito de Remonta de Valença e criava um Depósito de Reprodutores no Estado de São Paulo em local a ser escolhido pelo Diretor do Serviço de Remonta e Veterinária, a extinta Coudelaria Nacional de Campinas.
A Coudelaria de Rincão permanece, atualmente, como a única Coudelaria do Exército Brasileiro e tem como finalidade a produção de equinos vocacionados para o Cerimonial Militar, Instrução Militar, emprego em Operações de Garantia da Lei e da Ordem e representação no âmbito da Força Terrestre, além de desenvolver projetos de interesse da 3ª Região Militar, a saber: Projeto de Bovinocultura – Reserva Técnica e Programa de Autossuficiência na produção de aveia e feno.